Mesmo num ano de restrição de gastos,
os deputados e senadores decidiram triplicar a verba destinada para o custeio
dos partidos políticos, o chamado fundo partidário. O senador Romero Jucá
(PMDB-RR), relator do Orçamento da União para 2015, alocou em uma emenda de
Plenário cerca de R$ 867,5 milhões para o fundo frente a R$ 289,5 milhões
propostos pelo Poder Executivo em agosto do ano passado.
A proposta orçamentária aprovada há
pouco pelo Congresso; o aval do Legislativo é pré-requisito para que a equipe
econômica liderada pelo ministro Joaquim Levy, da Fazenda, anuncie um
congelamento de despesas dos ministérios. A expectativa é que o corte possa
chegar a R$ 80 bilhões.
O Congresso vem
"turbinando" o dinheiro do Fundo Partidário desde 2011. Mas os
aumentos nunca foram tão expressivos e sempre giravam em torno de R$ 100
milhões. Neste ano, os parlamentares vinham pressionando por um incremento
recorde em razão de dois fatores: a pulverização dos partidos na Câmara fez com
o que o bolo para as legendas tradicionais diminuísse, uma vez que 95% fundo é
distribuído de acordo com o resultado alcançado pelas siglas na Casa.
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