terça-feira, 30 de junho de 2015
Veja o prejuízos decorrentes do projeto do senador José Serra sobre o Pré-Sal. O acidente num poço na Bacia de Campos, em novembro de 2012, Chevron poderia ter evitado vazamento.
Essa foi a informação dada pela da
diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP), Magda Chambriard, na tarde desta quinta-feira (19) ao apresentar o
resumo do relatório das investigações da agência sobre o vazamento. Segundo
Magda, a íntegra do relatório será divulgada no site da agência na sexta-feira
(20).
Em nota, a Chevron informou no início
da noite desta quinta que "a resposta da empresa ao incidente foi
implementada seguindo a lei, os padrões da indústria e em tempo hábil. O plano
de emergência da empresa foi executado conforme as leis e os padrões da
indústria. O poço foi selado e abandonado com sucesso". A nota diz ainda
que a Chevron trabalha com a ANP em relação a todas as questões referentes ao
Campo Frade, incluindo o retorno à produção. Na avaliação da Chevron, o volume de
óleo vazado é de 2.400 barris. Leia a íntegra da nota ao fim da reportagem.
Em 30 dias, segundo Magda, será
divulgada a multa a ser aplicada à Chevron, que não passará de R$ 50 milhões,
que é o limite para o caso. A diretora explicou que nesse prazo será estudada a
dosimetria da multa, levando em conta situações como capacidade econômica da
empresa, a gravidade do acidente, a reincidência. Como o vazamento ocorrido em
março de 2012 ainda está sendo investigado, a empresa ainda não é considerada
reincidente.
Vazamento de 3.700 barris
Segundo Magda, apesar de o poço estar
selado, ainda vazam para o mar cerca de 20 litros por dia, de óleo que ficou
retido em rachaduras e fissuras nas rochas. A ANP afirma, porém, que esse óleo
faz parte do total de 3.700 barris que vazaram do poço.
De acordo com a agência, o vazamento
da Chevron significou 96% do total dos vazamentos de óleo no Brasil no ano
passado.
A diretora explicou ainda que estuda
o pedido da Chevron para voltar a produzir no Campo de Frade, o que, segundo
ela, não é inconveniente uma vez que foi a própria empresa que decidiu
suspender a produção após um segundo vazamento em março de 2012, que ainda está
sendo investigado pela ANP. Ela disse que no próximo dia 27 a ANP divulgará sua
decisão. Magda, porém, deixou claro que a Chevron só poderá voltar a perfurar
poços no Campo do Frade quando provar que pode evitar erros como o de novembro
de 2011.
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