sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

ALIANÇA PELO BRASIL LANÇA AÇÃO EM DEFESA DA PETROBRAS

Representantes de entidades como o Ministério Público do RJ, OAB, da política e do ensino acadêmico denunciam movimento de fragilização da estatal para desnacionalizá-la



A Aliança pelo Brasil, em defesa da soberania nacional, formada por representantes de diferentes entidades como o Ministério Público do RJ, OAB, da política e do ensino acadêmico, teve sua primeira ação pública no final da tarde desta quarta-feira (25), no Rio de Janeiro. O objetivo, mobilizar a sociedade para preservar o que o país conquistou nos últimos anos, em risco com um golpe já em curso, ancorado nos desdobramentos da Operação Lava Jato. Como sempre ressaltado por intelectuais e políticos que vêm a público para expressar preocupação com esse movimento, eles deixaram claro que não se busca descaracterizar a necessidade de punição a envolvidos com corrupção. 
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Ainda em 2013, veio a público no mundo inteiro a informação que a Petrobras estaria sendo investigada pelos Estados Unidos, de acordo com documentos da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) vazados pelo ex-analista da agência Edward Snowden, lembrou o físico Luiz Pinguelli Rosa, diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), presente no encontro. O alvo da investigação parecia claro: a tecnologia envolvendo a exploração em alta profundidade na camada pré-sal.
O cientista político, ex-ministro da Ciência e Tecnologia e ex-presidente do PSB, Roberto Amaral, um dos presentes na mesa da Aliança pelo Brasil, destacou que o país não corre o risco de sofrer um golpe, o golpe já está em curso. A única saída, sugeriu, seria a unidade do povo brasileiro.

No rastro da Operação Lava Jato, não demoraram a surgir indicações (e certezas) de que o melhor caminho poderia ser privatizar a empresa, e/ou alterar o regime de partilha do pré-sal, cujos frutos devem garantir, por exemplo, uma grande parcela para a Educação e a Saúde do país. A forma como a exploração do pré-sal foi arranjada, não teria agradado o capital financeiro mundial, alertam diferentes entidades e intelectuais. 
José Carlos Assis, jornalista, economista e professor, apontou os objetivos da Aliança pelo Brasil: defender a Petrobras e as políticas centrais para o petróleo, principalmente o pré-sal; garantir os recursos necessários para necessidades de caixa de curto prazo e para investimentos em curso da Petrobras; evitar perdas na paralisação de obras e investimentos; conseguir um comprometimento explícito do governo com o modelo de operadora única do regime de partilha do pré-sal e com a política de conteúdo nacional de equipamentos; comprometimento com a defesa da engenharia nacional, colocando como condição fundamental o pagamento das folhas salariais na cadeia do petróleo e do setor público; e comprometimento do governo com as políticas de repasse dos recursos do pré-sal para educação e saúde pública. 
Francis Bogossian, presidente do Clube de Engenharia, em conversa com o JB, alertou para as vozes que defendem a entrada de empresas estrangeiras para substituir a empresa nacional. "Para mim, quem diz isso deveria ser preso." Editorial publicado em jornal de grande circulação do país nesta terça-feira (25), por exemplo, já defendia abertamente que "se a Petrobras, em condições normais, já tinha dificuldades para tocar esse plano de pedigree 'Brasil Grande', agora é incapaz de mantê-lo. Não tem caixa nem crédito para isso. Não há como sustentar o modelo", no caso, o de partilha.
O manifesto lançado hoje pelo grupo no Clube de Engenharia destaca: "As investigações policiais em torno de ilícitos praticados contra a Petrobras por ex-funcionários corruptos e venais estão dando pretexto a ataques contra a própria empresa no sentido de transformá-la de vítima em culpada, assim como de fragilizá-la com o propósito evidente de torná-la uma presa fácil para a fragmentação e a desnacionalização."
INTELECTUAIS DENUNCIAM GLOPE CONTRA PETROBRAS EM MANIFESTO
NÃO PODEMOS JOGAR A PETROBRAS FORA, DIZ LULA EM EVENTO DE DEFESA DA ESTATAL
COPPE ALERTA PARA CONSEQUENCIA DE USO POLÍTICO DO CASO DA PETROBRAS
"Estão deixando a Petrobras murchar e, com isso, estão prejudicando não só os empregados da Petrobras, como também as empresas que prestam serviço para a Petrobras. Podem dizer, 'bom, essas empresas também estão envolvidas'. Eu repito, se a empresa cometeu aquele erro, a lei estabelece o que e quem tem que ser punido, se erros foram realmente cometidos e comprovados. Você não pode matar a empresa, porque aí você vai desempregar centenas e milhares de pessoas, não só engenheiros, mas economistas, advogados, técnicos de nível médio e a mão de obra desfavorecida, os que trabalham para comer. Então você vai tirar o pão da mesa dessas pessoas, dilacerando com essas empresas, e ouvir que é preciso chamar empresa estrangeira para substituir a empresa nacional", alerta Bogossian.
Para Bogossian, a imprensa, em geral, não está entendendo o tipo de luta que precisa ser travada neste momento, "muito pelo contrário". Ele destacou ainda o caráter apartidário do encontro. "Não não estamos aqui para elogiar político, seja do governo federal, estadual ou municipal, e nem tampouco para criticar", disse ao JB
"Qualquer abalo ao patrimônio técnico e social representado pelas tantas empresas do ramo, terá, sem dúvida efeitos contundentes, que interferirão no presente e no futuro do nosso povo. (...) Não aceitaremos oportunismo desfrutado por segmentos apoiados pelo cartel da grande mídia, no sentido de fazer ingressar no país empresas estrangeiras substitutivas das empresas nacionais", disse posteriormente, ao público presente no Clube de Engenharia. 
Reynaldo Barros, presidente do CREA-RJ, frisou que, se a cadeia da engenharia for desmontada, o país quebra. "A engenharia brasileira já começou a ser desmontada."
Roberto Saturnino Braga, diretor-presidente do Centro Celso Furtado, membro do Conselho Diretor do Clube de Engenharia, por sua vez, falou sobre a difícil tarefa de mobilizar a opinião pública em torno desta questão, "contra a totalidade da mídia, que no fundo é associada a interesses do grande capital". 
"A Petrobras é símbolo de coisas muito caras ao povo brasileiro, é símbolo da capacidade de engenharia brasileira, da engenharia brasileira, da capacidade técnica, da capacidade científica, da luta de afirmação nacional, luta que levou o Brasil a sucessivos passos de encaminhamento de sua soberania, e que está ameaçada, também, por duas medidas ousadas que teve a coragem de tomar", apontou Braga, sobre a lei do pré-sal, os Brics e a formação do Novo Banco de Desenvolvimento, como uma alternativa ao capital do FMI. 
"Claro que essa ousadia ia encontrar do outro lado o atentado, o chamamento ao golpe, porque é uma afronta ao grande capital", explica Braga.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

DIANTE DA PARCIALIDADE DA REDE GLOBO NO CASO DO LAVA JATO - IMPRENSA BRASILEIRA ENTRA EM CRISE DE CREDIBILIDADE

POPULAÇÃO E O GOVERNO PEDE A REGULAMENTAÇÃO DA MÍDIA

DIANTE DA IMPARCIALIDADE DA REDE GLOBO NO CASO DO LAVA JATO
Imprensa  brasileira entra crise DE credibilidade  




A possibilidade de ter a participação de Lula na batalha pela democratização da mídia será um aporte "extraordinário" para o campo progressista e uma dor de cabeça para os defensores do status quo.


E a  Nominação de Ricardo Berzoini no Ministério das Comunicações é um fato importante porque ele tem demostrado estar "sensibilizado" com a necessidade de mudanças, um objetivo onde tem como aliados os ministros Miguel Rossetto, Jaques Wagner e Pepe Vargas.

Estas são algumas das reflexões formuladas pelo professor Venício Lima, um dos acadêmicos que tem estudado com maior rigor e durante anos as interfaces entre poder e mídia no Brasil, onde impera um dos sistemas de propriedade mais concentrados do mundo. Durante entrevista com Carta Maior ele repassou a história das maniobras das oligarquias jornalisticas na defesa de seus privilégios.

Uma historia cuja origem é anterior ao golpe de 1964 e continua ate hoje com campanhas da mídia e da oposição tucana, destinadas a intoxicar o debate público.

- Qual importância da eventual participação de Lula na batalha por mudanças na mídia?


Acho que a participação de Lula será muito importante, será extraordinária. Agora temos que aguardar, mas é fato que o presidente Lula teve uma postura clara sobre esta questão. Ele está realmente comprometido com mudanças na mídia.

Lula terá peso num debate que será muito intenso, um debate que com certeza será manipulado pela grande mídia...

É necessario que o debate chegue à sociedade, porque você só conseguirá mudanças se conseguir mobilização, porque existe uma relação de forças muito desigual no Parlamento, onde há uma maioria conservadora inimiga da regulação da midia.

Temos de lembrar que essa discussão sobre democratização da mídia está sendo feita no Brasil há muitos anos, temos de recordar a Conferência Nacional da Comunicacão em dezembro de 2009 e, no final do segundo governo Lula, em 2010, o ministro Franklin Martins (SECOM) realizou um seminário internacional, que trouxe representantes das agências reguladoras dos EUA, da Inglaterra, da Argentina, da França, etc. Esse material está todo disponível, foi um seminário boicotado pela mídia.

- Junto com o possível debate, aumentaram os ataques da mídia oligárquica contra Lula.


Sim, estão atacando duramente o Lula, na verdade os grandes grupos nunca deixaram de atacá-lo. Agora, nesses dias, até falaram que tem câncer de pâncreas (portal UOL), sinceramente é a primeira vez que ouvi falar que alguém tem cáncer de pâncreas e não morre logo, porque o câncer de pâncreas mata em semanas. Claro que isso é mentira.

- O jornal Valor vinculou Lula ao financiamento do carnaval e do jogo do Bicho.

A gente acha que Valor tem um pouco mais de responsabilidade jornalística que O Globo, Estado, Folha porque é um jornal dirigido para empresários. Mas isso que você está me falando de Lula e os bicheiros atá causa graça. A destrução de Lula é permanente em toda a grande mídia. É algo inacreditável.

Mas é verdade que o poder da mídia para determinação do voto já não é a mesma de 25 anos atrás, se você compara uma eleição de hoje com a eleição de Collor (1989) é uma eleição completamente distinta. Eu falo isso porque estudei profundamente aquela eleição que foi a primeira depois da ditadura. O pais mudou, hoje a circunstâncias são completamente distintas, o nível educacional aumentou muito, você tem uma inclusão social e econômica que não tinha naquela época e você tem internet, que não é determinante, mas que é capaz de se contrapor à grande mídia como já foi comprovado desde as eleições de 2006. Então a grande mídia não tem o poder que já teve, mas ainda tem um poder desmesurado...
DILMA E BERZOINI

- Acha que a presidenta já arquivou a ideia de uma trégua com a grande mídia?

Um dos problemas que tivemos foi a ilusão dos governos, inclusive os governos de Lula e Dilma, de que é possível negociar com esses grupos. Em algum momento parece que Lula se deu conta de que isso não é possível, ali é possível explicar porque foi criada a Empresa Brasileira de Comunicação (segundo mandato). Acontece que a criação da EBC não foi seguida da construção de um sistema de mídia pública, que aliás é uma das coisas que não está regulamentada do artigo 223 na Constitução, o espírito desse artigo é o da complementaridade entre modelos público, privado e estatal.


Por outro lado o Poder Executivo não apoia na medida necessária a construção de um sistema público que sirva de alternativa de qualidade ao sistema privado dominante.

- A presidenta Dilma tem falado em regulação e designou Berzoini, um dirigente petista que defendeu a democratização. Como vê esses sinais?

Veja só, até onde eu sei o ministro Berzoini é um homem cuja caraterística é a capacidade de articulação no Parlamento, ele foi ministro das Relações Institucionais. Eu não tenho informações de bastidores, porém o que circulou na mídia é que o ministro das Comunicações ia ser Jaques Wagner, mas evidentemente houve algum impedimento... não sei. Ou talvez Berzoini não quis continuar em Relações Institucionais.

Berzoini não é da área (da mídia) mas acho que o fato de sua ida ao ministério é relevante porque ele tem um acúmulo de declarações e de posições políticas sobre a necessidade de democratização do setor, e isso é muito importante.

Aliás, no gabinete da presidenta Dilma, também está Jaques Wagner (Defesa), ele foi o único governador que incentivou um conselho estadual de comunicações num estado como a Bahia que emergia do carlismo, então ele também tem familiaridade com á área.

O secretário geral, ministro Miguel Rossetto, deve desempenhar um papel importante na questão da mídia, ele que será o responsável pelo diálogo com os movimentos sociais e será um dos ministros que estará naquele núcleo duro da Dilma.

Rossetto tem total sensibilidade nessa questão, e o ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais) certamente também tem sensibilidade. Isso significa que a presidenta estará cercada de ministros como Vargas, Wagner, Rossetto e Berzoini, que sabem da importância do tema das comunicações.

- Falou-se que Berzoini quer criar uma agência de mídia similar à de Portugal.

Com relação à criação da agência, depois da posse Berzoini desmentiu que estava tomando a agência portuguesa como referência. De qualquer maneira, ela não é de regulação econômica da mídia. Ela tem alguma semelhança com o modelo inglês que recebe reclamações sobre eventuais desvios da mídia em geral, uma comissão que já foi dissolvida depois do informe da comissão Levenson (2012, por causa do escândalo do jornal britânico News of the World).

Por enquanto o ministro falou que não temos nenhuma referência inicial, que está aberto a ouvir a todos, tive a impressão de que ele estava zerando a discussão, o que também é interessante.

- Tem expectativa que Berzoini possa avançar mais que o ex-ministro Paulo Bernardo?

O ex ministro Bernardo não deu continuidade às iniciativas do final do governo Lula, como a Conferência Nacional de Comunicações de dezembro de 2009, e outras iniciativas.

Mas eu sou testemunha de uma afirmação de Paulo Bernado em que ele disse que ele era um ministro que tinha chefe, e ele seguia orientação da presidenta Dilma. Então a verdade é que não foi uma questão só de Paulo Bernardo.

Então não se deu continuidade ao que foi feito no final do governo Lula pelo ministro Franklin Martins por decisão do governo. Por isso eu tenho afirmado que gostaria de ver agora uma posição mais clara, menos reticente, da própria presidenta com relação a essa questão da regulação da mídia.

- Qual a melhor tática nessa batalha. É bom enviar projeto lei de regulação ao Parlamento de maioria conservadora?

- Eu sou absolutamente suspeito para responder isso porque tenho há muitos anos insistido que há um erro de estrategia política. Até escrevi um livro sobre isso.

No meu ponto de vista você tem que levar a discussão sobre regulação ao nível local, regional, estadual, mostrar às pessoas que isso tem a ver com elas.

Eu tenho dito que uma estratégia mais correta seria criar os conselhos estaduais de comunicação que estão previstos em 10 constituições estaduais e na lei orgânica de Brasília. Aliás, o artigo 224 da Constitução nacional cria o conselho de comunicação nacional, porém até hoje só foi criado o Conselho da Bahia, o de Alagaos foi criado de cima para baixo para favorecer o governo local.

A tal regulação econômica está na Constitucão, então o que é necessário é regulamentar e cumprir a Constitução, o que já está lá há 20 anos, e desse modo você obriga a quem for contra a regulação que tenha de contestar a Constitução. O que aliás já foi feito pelo Paulo Bernardo, que falou que não fazia mais sentido discutir a questão da propriedade cruzada.

HISTÓRIA DA SABOTAGEM

- O modelo brasileiro é quase único no mundo, e ele não tem nenhuma forma de regulação. Onde está a explicação dessa originalidade?

É verdade, em algumas questões nunca tivemos nenhuma regulação, é um caso possivelmente único... nas principais democracias do mundo a propriedade cruzada está regulamentada desde sempre para atacar a formação de monopólios e oligopólios.

Eu diria que é um tema de pesquisa estudar como é que nós chegamos onde estamos, as opções fundamentais que determinam a configuração do sistema brasileiro de mídia começaram a ser tomadas na época de Getúlio Vargas, com dois decretos da década do 30, e foram se consolidando ao longo do tempo.

Eu me dei conta quando tive de redatar um texto para um seminário dos 50 anos do golpe, o tema era "Herança da Ditadura na área da Mídia" e quando fui ver, a verdade é que você não pode atribuir a configuração estrutural do sistema à ditadura, ele é anterior à ditadura, ela foi piorada no período da ditadura.

TUCANOS E GRAMSCI

A história da sabotagem à regulação continua até hoje quando o PSDB lança ataques preventivos contra Berzoini e qualquer intento de debater uma lei.

Se você pegar as declarações dos dirigentes do PSDB e do deputado Eduardo Cunha (líder do PMDB) se perguntaria contra o que elas estão reagindo.

Eles falam da regulação como uma suposta forma de censura, e eu perguntaria: quem está defendendo a censura? Ninguém está falando que não vai ter liberdade de imprensa.

Na verdade a regulação da mídia fala em regulação daquilo que já está na Constitução, a menos que essa pessoas se declarem, por exemplo, contra o artigo 221, da regionalização da produção, que incentiva a produção independente que fala da produção regional cultural, artística, jornalística.

É impressionante ler as coisas publicadas pelo colunista Josias (de Souza). Ele é especialista em falar contra regulação.... e tem outros jornalistas que perguntam aos parlamentares "o senhor está a favor da censura?", essa é uma forma de controlar a linguagem, de controlar a narrativa, isso é seríssimo, e a grande mídia tem o poder de fazer isso.

- A hegemonia da qual já falava Antonio Gramsci?

Exatamente, exatamente... é estudando a utilização da linguagem na unificação italiana que Gramsci inicia os estudos da hegemonia. Ele se deu conta da importância que teve para unificação italiana (século XIX) a unificação da linguagem.


Aqui no Brasil você aprisiona o debate da regulamentação dentro de uma narrativa falsa e isso é o grande problema que temos na luta pela democratização da mídia, porque o debate foi aprisionado numa gramática que não é a real. E alguns colunistas que defendem interesses contrários à mudança do status quo são muito eficientes na consolidação de um vocabulário, que foi o que já aconteceu com a narrativa do mensalão, sobretudo durante o julgamento da ação penal 470.  

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Defender a Petrobras é defender o Brasil

Lula, sindicalistas Trabalhadores, estudantes, artistas, intelectuais e movimentos sociais fazem ato em defesa da Petrobras

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou participação no manifesto em defesa da Petrobras, Defender a Petrobras é defender o Brasil, realizado nesta terça-feira (24). Organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), o ato acontece a partir das 18h, na sede da Associação Brasileira de Imprensa, no centro do Rio de Janeiro.
Com a presença de diversas autoridades, de artistas e de representantes de movimentos sociais, a manifestação, Defender a Petrobras é defender o Brasil, denuncia uma “campanha visando a desmoralização da Petrobras” e exige ações de defesa do governo diante de “ataques” sofridos pela empresa. 
O encontro pretende lançar, nacionalmente, uma campanha de resgate da imagem da Petrobras. O manifesto “Defender a Petrobras é defender o Brasil” está disponível na internet para adesões.
De acordo com o documento, os que dirigem esses ataques, por meio de notícias e ações políticas, são os mesmos que se opuseram à criação da Petrobras na década de 50. O documento também atribuiu os ataques aos “que tentaram privatizá-la e enfraquecê-la na década de 90 e se opuseram ferozmente a nova legislação do pré sal brasileiro”.
Tuitaço – Pessoas de todo o Brasil também poderão participar do ato em defesa da Petrobras, pela internet. O Partido dos Trabalhadores convoca a militância para um “tuitaço” nas redes sociais a partir das 18h, horário previsto para início do evento. Para participar, basta utilizar a hashtag #soupetrobras.
Por Priscylla Damasceno, da Agência PT de Notícias.




sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Dilma recusa credencial de embaixador da Indonésia para atuar no Brasil


fonte: Agencia Brasil

A presidente Dilma Rousseff entrega credenciais a novos embaixadores que atuarão no Brasil(Elza Fiúza/Agência Brasil)A presidenta Dilma Rousseff não recebeu hoje (20) a carta credencial do novo embaixador da Indonésia no Brasil, Toto Riyanto. Com isso, ele não poderá representar a Indonésia em audiências ou solenidades oficiais no Brasil. Toto Riyanto esteve no Palácio do Planalto para repassar ao governo brasileiro a carta credencial, assim como os novos embaixadores da Venezuela, de El Salvador, do Panamá, do Senegal e da Grécia. A cerimônia foi encerrada sem a participação do indonésio.
“Achamos que é importante que haja uma evolução na situação para que a gente tenha clareza em que condições estão as relações da Indonésia com o Brasil. O que nós fizemos foi atrasar um pouco o recebimento de credenciais, nada mais que isso”, explicou a presidenta em entrevista após a cerimônia. Foi a primeira vez que ela conversou com jornalistas desde o fim de dezembro, antes de tomar posse do segundo mandato.
No dia 17 de janeiro, o brasileiro Marco Archer foi fuzilado na Indonésia, em cumprimento à pena de morte por tráfico de drogas. Após a execução, Dilma convocou o embaixador brasileiro na Indonésia, um ato diplomático que demonstrou a insatisfação do Brasil. Outro brasileiro condenado à pena de morte no país, Rodrigo Gularte, aguarda execução.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, um embaixador assume o posto depois de entregar suas credenciais ou comunicar a sua chegada e apresentar as cópias de suas credenciais ao governo do país onde irá atuar. Toto Ryanto apresentou as cópias ao Itamaraty no dia 26 de novembro de 2014 e, desde então, é o embaixador da Indonésia no Brasil. A cerimônia de hoje formalizaria a entrega das credenciais, o que aumenta as prerrogativas do embaixador como representante de seu país.

Em geral, as cerimônias de entrega de credenciais são feitas em conjunto. Antes do evento de hoje, a última vez que Dilma havia recebido cartas credenciais de embaixadores foi em novembro, quando participaram representantes de 32 países.



quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Assessor do governo FHC é flagrado em lista do HSBC

O banqueiro Saul Sabbá foi responsável pela privatização de empresas como a Vale e a CSN, durante o governo tucano na década de 1990


O blogosfera está quebrando o silêncio imposto pela grande mídia sobre o escândalo das contas secretas de brasileiros no banco HSBC em paraísos fiscais. Nesta quarta-feira (18), o blog Megacidadania revelou que o ex-assessor do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Saul Sabbá, integra a lista de correntistas que utilizaram o esquema ilegal para sonegar impostos.  Leia mais

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

CARNAVAL 2015 O MELHOR CARNAVAL DE TODOS OS TEMPOS PARA A ECONOMIA DO BRAZIL

Noticia The New York Times  e  as  agencias  de  noticias  da  Europeus


Nordeste vai atrair 1,6 milhão de turistas no Carnaval 2015

Segundo levantamento do Ministério do Turismo, festa movimentará um total de R$ 1,55 bilhão na economia da região

Fonte: Ministério do Turismo. 
Apenas os estados da Bahia, Ceará e Pernambuco devem atrair 1,6 milhão de turistas para o Nordeste, o que significa um acréscimo de R$ 1,55 bilhão na economia da região. Os dados fazem parte de um levantamento do Ministério do Turismo realizado nas principais cidades brasileiras que celebram a maior festa popular do País.
O acréscimo na economia do turismo é maior que nos últimos anos – e ficará entre 6% e 7%, de acordo com a projeção. Entre as localidades monitoradas, estima-se que o Carnaval reúna 6,6 milhões de turistas e acrescente R$ 6,1 bilhões à economia do País.
O aumento de arrecadação se deve não só ao ganho de competitividade dos principais destinos turísticos do País, como Salvador, Recife e Rio de Janeiro, segundo o Índice de Competitividade do Turismo Nacional, como também ao ganho de visibilidade com os grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016.
O carnaval no estado de Pernambuco é o que mais deve atrair turistas na região. De acordo com o levantamento, espera-se que 850 mil pessoas visitem as cidades de Recife, Olinda, Porto de Galinhas e Cabo. A movimentação econômica estimada é de R$ 787 milhões. Este ano, o tradicional bloco de rua de Recife, o Galo da Madrugada, vai homenagear o poeta Ariano Suassuna. Outra novidade é o bloco de samba pernambucano, no pátio do Livramento, em Recife.
O segundo estado nordestino a mais atrair turistas e movimentar a economia do Nordeste é a Bahia. Estão previstos 690 mil visitantes para as cidades de Salvador, Trancoso, Costa do Sauípe e Arraial d´ajuda e um movimento de R$ 639 milhões. Em Salvador, os tradicionais trios elétricos e blocos afros concentram o movimento três circuitos: Dodô (Barra-Ondina), Osmar (Campo Grande) e Batatinha (Centro Histórico).
Já o Ceará deve atrair para sua economia R$ 128 milhões nas cidades de Fortaleza, Aquiraz, Jericoacoara e Aracati e atrair 140 mil pessoas.  Em Fortaleza, as festividades ocorrem especialmente na Praia de Iracema, com apresentações de Maracatu; na Avenida Domingos Olímpios, onde desfilam os blocos carnavalescos; e na Praça do Ferreira, local conhecido por celebrar os pré-carnavais.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Para jurista, violações de direitos e abusos pode invalidar as investigações da Operação Lava Jato

Pedro SerranoA operação Lava Jato corre o risco de acabar invalidada, se, posteriormente, ficar caracterizado que as investigações foram sustentadas sobre violações de direitos e abusos. A opinião é do jurista Pedro Serrano, professor de mestrado e doutorado em Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Para ele, não é só a Lava Jato que utiliza a banalização das prisões cautelares e preventivas. “Quarenta por cento dos aprisionados hoje no Brasil estão presos sem terem tido o direito de se defender.”

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O assombroso silêncio no Brasil em torno do escândalo HSBC


Um conjunto de dados do HSBC, com informações sobre 6.600 contas bancárias secretas de 8.667 brasileiros (pessoas físicas ou jurídicas) na Suíça, está em investigação. São correntistas que somam saldo de US$ 7 bilhões.
Um ex-funcionário do HSBC suíço colecionou-os durante quase dez anos e decidiu entregá-los às autoridades fiscalizadoras e a um consórcio internacional de jornalistas investigativos.
No caso dos brasileiros, os dados estão sendo analisados para determinar se há ilegalidade nessas operações bancárias ou se os valores foram declarados à Receita Federal. As informações estão há três meses com as autoridades brasileiras, sem que tenha havido consequências até aqui.
O banco britânico HSBC manteve 106 mil contas secretas em sua filial na Suíça. Calcula-se que grande parte do dinheiro tenha origem em esquemas de evasão de divisas, sonegação fiscal e crimes como narcotráfico, contrabando e corrupção política. As




quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Partido dos Trabalhadores: Não podemos entrar no jogo dos adversários


O vice-presidente nacional e coordenador das redes sociais do Partido dos Trabalhadores, Alberto Cantalice, orienta que os militantes petistas não entrarem “no jogo dos adversários”.

Além disso, em mensagem aos militantes, o dirigente informa que o PT não convocou nenhuma manifestação para contrapor os atos incitados pela oposição.  Leia mais...

Em Resolução, PT convoca militância em defesa do partido

Resolução do diretório conclama militância a sair em defesa do governo Dilma e em favor das campanhas pela reforma política e democratização da mídia.

/ Por Agência PT
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O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) editou, nesta sexta-feira (6), uma resolução com ações a serem realizadas pelos militantes e lideranças da sigla. As metas foram definidas durante reunião em Belo Horizonte (MG)  com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O documento pede mais engajamento, contribuição e união para possibilitar a governabilidade do partido para além do Congresso Nacional. Os militantes também são chamados a realizar mobilizações sociais e a participar do 5º Congresso Nacional do PT.

A resolução sugere, ainda, empenho dos petistas em favor da reforma política, democratização da mídia e do debate sobre a implementação do imposto sobre grandes fortunas. Leia mais...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

FHC mergulhou na Lava Jato!

Mas, no Jornalismo da Globo ele foi blindado


Fonte: Conversa Afiada -http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2015/02/09/fhc-mergulhou-na-lava-jato/

Como se sabe, o jornal nac ional blindou o FHC na Lava Jato e o  da Justiça – quem banca ele no Ministério ? -  e o Ministro Gilmar na denuncia do Globo.

Portanto, todas as noites, ao olhar para as paredes do cárcere, em Lima, o Fujimori lamenta nao ter sido presidente do Brasil.

O editor do Conversa Afiada, Alisson Matos fez um breve levantamento das contas do FHC, o Principe da Privataria, com empresas incursas na Lava Jato.

Mas, os tucanos não precisam se preocupar.

Na Vara do Dr Moro, aquela queespanta até o Ministro Marco Aurélio, do Procurador Lima e dodelegado aecista Ancelmo, na Vara do Dr Moro tucano gordo não entra.

Se entrar, é porque está morto !



Na campanha presidencial de 1998, dos mais de R$ 40 milhões arrecadados pelo candidato à reeleição Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ao menos R$ 1 milhão e 650 mil saíram de construtoras investigadas na Operação Lava Jato.

Esses foram os valores declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Andrade Gutierrez (AG) com R$ 500 mil, Egesa e Setal com R$ 200 mil cada uma e Promon com R$ 750 mil estão na lista de doadores de FHC naquele ano.

Naquele mesmo ano, segundo o site da própria empresa, a Andrade Gutierrez venceu o leilão de privatização do Sistema Telebrás em operação da Telemar.

Aqui, no Diário Oficial: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=71&data=29/12/1998

Entre 1998 e 1999, a AG se aliou aos grupos Soares Penido e Camargo Corrêa para montar a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), com o objetivo de administrar concessões de rodovias federais e estaduais.http://www.grupoccr.com.br/grupo/sobre-o-grupo

AG e Camargo Correa já administravam a Via Dutra desde 1995, ano em que o PSDB assumiu o poder em São Paulo com Mario Covas (PSDB). 

Em 1996, o Consórcio Nova Dutra, formado pela Camargo Corrêa e a Andrade Gutierrez, passou a administrar a Via Dutra em regime de concessão.

A Companhia de Consessões Rodoviárias é responsável por 3.284 quilômetros de rodovias da malha concedida nacional, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Com FHC reeleito, Alcides Lopes Tápias, que era o presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa, se torna ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior.

Em 2001, em uma parceria da Camargo com a Promon Tecnologia surge a Neogera.

De acordo com o MPF, a Camargo Corrêa, a Andrade Gutierrez, a Promon, a Egesa e a Setal fazem parte do “ cartel de enormes proporções, autodenominado ‘Clube’” que teria vitimizado a Petrobras.

Sobre a Camargo Corrêa, recomenda-se ir ao post do Conversa Afiada.

Data de março de 1999, no segundo mandato de FHC, um contrato da Petrobras com a Queiroz Galvão, que pode ser consultado aqui:http://sites.petrobras.com.br/minisite/acessoainformacao/licitacoes-e-contratos/

Texto: Orgão Superior;Órgão Subordinado ou entidade vinculada;Código UASG;Pedido de Compras;Número do Processo;Texto Modalidade Licitação;CNPJ / CPF;Fornecedor;Objeto;Fundamento Legal;Início do prazo;Fim do prazo;Valor do Documento MD;Status;Qtde Aditivos
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA;PETROBRAS;910816 -Petróleo Brasileiro S.A.;4600162852;;Lei 8666;30.521.090/0001-27;QUEIROZ GALVAO OLEO E GAS S/A;SERVICO DE PERFURACAO MARITIMA – ALASKAN STAR – SS39;Lei 8666 (contratos anteriores ao Decreto 2745 – ver modalid;01/03/1999;12/11/2016;R$ 205.029.066,60;Ativo;11
A Queiroz não aparece na lista de doadores de FHC em 1998. Em 2000, a Folha noticiou doações não registradas da campanha tucana.