
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) considera que menores de idade são pessoas em fase de desenvolvimento. Por isso, caso cometam atos infracionais, determina a adoção de medidas socioeducativas.
O PT argumenta que a reintegração harmoniosa do menor infrator a sociedade é mais importante do que simplesmente colocá-lo no sistema prisional. “Jogar o adolescente de 16 anos na prisão e não fazer qualquer tipo de ressocialização não fará nenhuma diferença. Continuaremos a ter um grande número de jovens reincidentes no crime. Hoje, este número chega a 70%”, explica a deputada federal Erika Kokay (DF).
Em locais onde há um sistema socioeducativo a quantidade de jovens que voltam a cometer um ato infracional cai para 20%.
Segundo Kokay, 65% dos jovens entram na vida prisional por crime contra o patrimônio. A segunda causa que mais aprisiona é a droga, que leva o adolescente a entrar em conflito com a lei. “Em sua maioria, eles buscam objetos pessoais. Isto é óbvio quando se está em uma sociedade que diz: ‘consuma para eu te respeitar’, mas ao mesmo tempo não dá o direito a eles de consumir”, avaliou.
Para ela, o foco é responsabilizar os gestores municipais, estaduais e federais que não priorizam a política para criança e adolescente prevista na constituição federal. Kokay afirma que é necessário cobrar, o mais rápido possível, um plano para essas pessoas. “Esses gestores devem ser obrigados a apresentar planos de políticas básicas e devem prestar conta do cumprimento dessas metas. Caso elas não sejam cumpridas, eles deverão ser punidos”, disse.

Segundo Kokay, é importante deixar claro que ninguém nasce em conflito com a lei, mas que o menor infrator é fruto da ausência de políticas públicas de qualidade e ausência de medidas de proteção.
Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário